segunda-feira, março 27, 2006

Egas Moniz

Depois de muito tempo, aqui estou eu! Estou sem muitas novidades, mas queria agradecer a visita de todos vocês nesse meu período de ausência, ainda não sei se irei conseguir atualizar com mais frequência, mas juro que vou tentar.

Bom, um final de semana desses eu e o Pedro pegamos a estrada e fomos, não muito longe, para Estarreja ver a Casa Museu Egas Moniz. Egas Moniz foi prêmio nobel de medicina pela descoberta da Leucotomia, que ajudava a acalmar os pacientes com problemas mentais como esquizofrenias e outras. O museu é super bem cuidado, ao menos no interior, tem uma guia muito bem informada que responde a todas as suas perguntas e te faz entrar no mundo de Egas Moniz e paga-se apenas 1,50€ por pessoa, o equivalente hoje a R$ 3,84.

Vou transcrever aqui um pouco do texto que recebemos quando saímos do Museu, está escrito em Português de Portugal, acho que não precisa de tradução, né?! :

“A ´Casa do Marinheiro´ agora transformada em CASA MUSEU EGAS MONIZ, conserva um ambiente de extremado gosto, despertando em redeviva evocação a individualidade relevante que nela passava grandes temporadas e onde em cada pormenor deixou expressos os seus gostos e as suas predilecções.

Nessa casa haviam nascido os seus antepassados e nela nasceu o Professor Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina em 1949 pelos excelsos trabalhos sobre angiografia e Leucotomia.

Para a salvar da ruína mandou-a reconstruir em 1915 segundo um projecto do arquitecto Ernesto Korrodi, sob a direcção do padre António Maria Pinho, tendo sido encarregue da decoração Álvaro Miranda da Granja.

Ampliou-a e enriqueceu-a, dando-lhe a feição que hoje apresenta e uma semelhança com as antigas casas solarengas do século XVIII.

Sem descendentes, o extremoso casal muitas vezes ponderou o destino a dar à casa que com tanto carinho se tinham dedicado. Acabou por decidir que nela se criasse um Museu Regional que, conforme desejo expresso da esposa, seria denominada CASA MUSEU EGAS MONIZ.

Em 14 de julho de 1968 a CASA MUSEU EGAS MONIZ era uma realidade. No seu interior tudo se conserva como em tempo do insigne Professor e Investigador Científico, com excepção de algumas dependências que foram construidas para albergar as suas colecções.

Egas Moniz conseguiu ao longo da sua vida adquirir belíssimas peças que passam por inúmeras colecções e que hoje podemos apreciar deleitando-nos com o requinte e a beleza de algumas peças, como é o caso de peças de porcelana da Companhia das Índias, Cantão, Saxe, Sevres, Porcelanas e Faianças Portuguesas.

Na pintura (com obras representativas da pintura portuguesa de Carlos Reis, João Reis, Falcão Trigoso, Eduardo Lapa, Silva Porto, Henrique Medina, José Melhôa, Abel Salazar, entre outros), gravura, escultura desenho, vidro (com espécies de vidro e cristais de Bacará), na ourivesaria e tapeçaria conseguiu Egas Moniz peças de raridade e beleza, antiguidade e minúcia que hoje se encontram na CASA MUSEU EGAS MONIZ e que nos permitem vislumbrar um pouco da sua vida pessoal, como que reencontrando-nos espiritualmente com o eminente cientísta, analisando-o, numa perspectiva um pouco diferente – na sua intimidade.

Para lém da sua Secção Artística a Casa Museu Egas Moniz possui sua Secção Científica que nos apresenta os objectos referentes às suas descobertas científicas da Angiografia, até a pragnante exposição gráfica das etapas sucessivas das investigações que conduziram à primeira visualização radiológica das ártérias cerebrais do Homem Vivo e da Leucotomia Pré-Frontal, no género de exposição que foi apresentada pelos seus colaboradores de Santa Maria e aquando do congresso de Neurocirurgia pelos seus colaboradores do Hospital Júlio de Matos.

Em suma, poderíamos definir a Casa Museu Egas Moniz numa frase do seu patrono: ´Os museus por modestos que sejam são centros de educação e regalo espiritual, quisera um em cada cidade, em cada vila e em cada aldeia para que o povo se elevasse na comunhão espiritual do Belo´.”

Só um pequeno detalhe: a mulher do Egas Moniz nasceu no Rio de Janeiro!

Para quem mora por estas bandas, ou nem assim tão perto, faça uma viagenzinha até Estarreja para visitar e para quem mora em outro lugar do mundo que não Portugal, quando vierem por aqui, reservem um tempinho para ir até lá, vale mesmo a pena ir conhecer.








É uma pena que não podíamos tirar fotos do lado de dentro...

Bom, quanto a novidades do casamento: os convites já estão a decididos, as lembrancinha a serem compradas... Está se aproximando!!!

E quanto a dissertação: finalmente está a mil por hora!!!! Oba!!!